O que é uma úlcera de córnea e qual o seu tratamento?
Adaptação livre baseada em texto publicado no site da Academia Americana de Oftalmologia em 01/04/2021, Autor David Turbert. A úlcera de córnea (também conhecida como
A córnea é a primeira estrutura ocular responsável pela convergência da luz. Normalmente, ela tem o formato de uma hemiesfera. Em pessoas com ceratocone, há um progressivo afinamento e protusão da córnea que geralmente surge no início da adolescência e progride até a idade adulta.
Como consequência, há uma perda qualitativa e quantitativa de visão, proporcional ao grau de progressão do ceratocone.
O tratamento do ceratocone visa sempre proporcionar uma boa visão ao paciente, bem como garantir seu conforto na utilização dos recursos que serão empregados e principalmente preservar a saúde da córnea. As alternativas de tratamento sempre são avaliadas nesta ordem: óculos, lentes de contato e cirurgias.
As lentes de contato n ceratocone podem ser inicialmente de curvas básicas mais simples nos casos iniciais de ceratocone e especiais, de geometria mais complexa nos casos moderados a avançados. As lentes de contato melhor indicadas para o ceratocone são as lentes rígidas gás permeáveis (RGPs), pois são as que melhor corrigem as irregularidades das córnea preenchendo estas com fluido lacrimal, criando o efeito de uma córnea com superfície regular, e assim proporcionando uma maior acuidade visual e permitindo à córnea receber oxigênio e os nutrientes da lágrima com maior eficiência.
A adaptação de lente de contato deve ser necessariamente realizada sob tutela de um profissional médico oftalmologista com treinamento e experiência nesta subespecialidade. Lentes de contato mal adaptadas podem causar dano ainda maior ao paciente do que o próprio ceratocone, tais como cicatrizes e infecções.
Lente rígida gás permeável para ceratocone
Também conhecido atualmente como CXL ou collagen crosslinking with riboflavine, consiste na promoção de ligações covalentes no colágeno da córnea. Está indicada nos casos de progressão significativa documentada do ceratocone.
Apesar de haver algumas variações da técnica, classicamente é realizada a remoção do epitélio da região central da córnea, de forma a expor a superfície para aplicação de uma solução de riboflavina, seguida da aplicação de radiação UV-A em doses controladas por aproximadamente 30 minutos. O resultado deste processo é a criação de mais ligações covalentes no estroma o que aumenta a resistência mecânica da córnea. Com isso, há menor chance de progressão da ectasia. Entretanto uma minoria de casos ainda apresenta progressão, sendo possível a aplicação de CXL novamente.
O Conselho Federal de Medicina reconheceu o tratamento como eficaz e seguro para deter a progressão do ceratocone, através do parecer CFM nº 30/2010 (Processo Consulta CFM nº 1.923). Estudos com resultados a longo prazo são fundamentais para assegurar a real segurança e eficácia deste tratamento para ceratocone e outras doenças corneanas com acompanhamentos superiores a 10 anos.
Uma alternativa cirúrgica para pacientes intolerantes ao uso de lente de contato e prévia ao transplante de córnea é o implante de segmentos de anel corneano (anel intra-estromal). Uma pequena incisão é feita na periferia da córnea e um ou dois arcos de polimetilmetracrilato (PMMA) são introduzidos deslizando os segmentos entre as camas do estroma. Os segmentos empurram a curvatura da córnea para fora, aplanando o ápice do ceratocone e retornando-o a um formato mais natural.
Nos casos de ceratocone que progridem ao ponto onde a correção visual não pode ser mais atingida, o afinamento da córnea se torna excessivo, ou cicratrizes corneanas tornem-se um problema intrasponível, o transplante de córnea ou ceratoplastia, se torna necessário.
Adaptação livre baseada em texto publicado no site da Academia Americana de Oftalmologia em 01/04/2021, Autor David Turbert. A úlcera de córnea (também conhecida como
Você sabe em qual parte do olho está a córnea? Pois então vamos tentar lhe explicar: quando vemos o olho de frente, temos a parte
É muito comum na rotina do especialista em córnea receber pacientes com diagnóstico recente de ceratocone preocupados com a necessidade eventual de um transplante de