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Escrito por Júlia Rossetto
Tempo de Leitura: 5 minutos

Índice

O que são espasmos palpebrais?

Os espasmos da pálpebra, muitas vezes chamado de “olhos tremendo”, ocorrem quando uma ou as duas pálpebras se contraem, tremem ou fecham repentinamente. Esses movimentos são involuntários, ou seja, estão fora do seu controle. Muitas vezes, você pode ter a sensação de que seus olhos estão pulsando.

Os tipos mais comuns de espasmos palpebrais são: a contração palpebral (ou tique), o blefaroespasmo essencial e o espasmo hemifacial.

O que é uma contração da pálpebra?

Uma contração da pálpebra (ou tique) é quando sua pálpebra treme repetidamente. Este movimento, apesar de incômodo, não afeta a visão. As contrações nas pálpebras são comuns e, geralmente, causadas por estresse e/ou cansaço. Elas começam repentinamente e podem minutos ou mesmo dias.

Por que minha pálpebra está tremendo?

Por mais inofensivo que possa ser, a contração repetitiva da pálpebra é irritante. A maioria destes tremores são temporários e desaparecem sem tratamento. Eles podem ocorrer por estresse, ansiedade, falta de sono, excesso de cafeína ou outros estimulantes, desidratação, como efeito colateral de certas medicações, deficiência de vitaminas, como a B12 ou deficiência de potássio.

Já os espasmos acompanhados de contração de outros músculos da face ou com fechamento involuntário e prolongado dos olhos podem ser decorrentes de problemas neurológicos, como o blefaroespasmo e o espasmo hemifacial, sobre os quais falaremos a diante. Outras causas neurológicas menos frequentes incluem a síndrome de Tourette, a distonia cervical (associado a contrações do pescoço), a paralisia de Bell e o Parkinson.

O que é o blefaroespasmo? Como tratar o blefaroespasmo?

O blefaroespasmo acontece quando os olhos se fecham involuntariamente, por alguns segundos.

Em estágios avançados, os olhos podem se fechar prolongadamente, comprometendo a visão do paciente e suas atividades diárias. Ele é mais comum em mulheres, costuma ter causa desconhecida e afetar ambos os olhos. Antes do seu diagnóstico, é necessário descartar alterações oculares subjacentes e distúrbios neurológicos sistêmicos.

Existem algumas opções para o tratamento do blefaroespasmo. O tratamento mais eficaz é a aplicação de toxina botulínica (Botox® ou Dysport® ou Xeomin®), a mesma usada para suavizar as rugas. Pequenas quantidades da toxina promovem o relaxamento temporário desta musculatura e reduzem o piscar excessivo presente no blefaroespasmo. As aplicações são feitas no consultórios e os espasmos começam a desaparecer de um dia a 2 semanas após a injeção. Este alívio dura cerca de 3 a 6 meses e é frequente a necessidade de reaplicação, para manter seu efeito além deste período.

Se as injeções não tiverem sucesso, alguns medicamentos podem ajudar nos blefaroespasmos, como o clonazepam, por exemplo. É preciso encontrar o equilíbrio certo entre os benefícios (como o medicamento ajuda) e os efeitos colaterais (problemas que o medicamento pode causar).

A cirurgia é uma opção quando as injeções e remédios não funcionam. Existem dois tipos comuns de cirurgia para blefaroespasmo essencial. Um tipo remove parte do músculo facial que está causando espasmos. Outro tipo remove uma parte do nervo para tornar os espasmos menos graves.

O que é o espasmo hemifacial? Como tratar o espasmo hemifacial?

O espasmo hemifacial ocorre quando os músculos de um lado do rosto se contraem. Esses espasmos podem começar perto do olho e depois afetar outras partes do rosto. Em casos avançados, um espasmo hemifacial pode durar de vários dias. Os espasmos hemifaciais podem se desenvolver quando o nervo facial é pressionado, por isso, é recomendada investigação neurológica com exame de imagem da cabeça.

O tratamento do espasmo hemifacial também inclui a aplicação de toxina botulínica, para relaxar o nervo nos espasmos hemifaciais. Ocasionalmente, tratamentos com medicamentos são usados, mas geralmente são menos eficazes do que as injeções. Raramente, a cirurgia é indicada para aliviar a pressão sobre o nervo.

Quem avalia o tremor nas pálpebras?

Um médico oftalmologista com especialização em Plástica Ocular avalia o tremor das pálpebras. Para tanto, ele realizará um exame oftalmológico completo para descartar alterações oculares ou identificar outros sintomas associados. Ele será capaz de identificar a causa, orientar a necessidade de outras investigações e apontar o melhor tratamento para o seu caso.

Como diferenciar as possíveis causas?

Durante o exame completo, o oftalmologista será capaz de identificar a causa do piscar excessivo. Este exame pode identificar se há um problema como cílios tocando o olho, arranhões na superfície do olho, conjuntivite, corpo estranho dentro dos olhos, alergia ou ressecamento ocular. Os movimentos oculares e palpebrais serão examinados para detectar a presença de estrabismo ou blefaroespasmo e um exame de grau será realizado para procurar a necessidade do uso dos óculos.

Resumo

Sinais de Alarme!!! Fique atento se, além dos tremores, você apresentar:

  1. Alterações na visão (baixa visual, sensibilidade à luz)
  2. Tremor em outras partes do rosto
  3. Fechamento das pálpebras durante o tremor
  4. Pálpebras caídas
  5. Olhos vermelhos, coçando e lacrimejamento
  6. Inchaço nas pálpebras

O que posso fazer para o tremor dos olhos parar?

O tremor das pálpebras costuma durar poucos dias. Enquanto ele não passa, vale tomar algumas atitudes para tentar se livrar dele:

  • Reduza o estresse: procure se dedicar a atividades relaxantes, a ampliar seu tempo de lazer e se preocupar em manter uma rotina equilibrada

  • Durma bem: promova uma rotina saudável de sono, dedicando horas suficientes para seu descanso e um ambiente propício para recompor suas energias;
  • Reduza o consumo de cafeína e estimulantes
  • Cesse o consumo de tabaco
  • Alimente-se bem: a deficiência de vitaminas, como a Vitamina B12, ou níveis baixos de potássio podem aumentar os tremores. Aumente sua ingestão de alimentos ricos nestas substâncias.

Alimentos ricos em B12: origem animal (peixes, frutos do mar, carnes, ovos e laticínios) e origem não animal (suplementos ou alimentos fortificados com vitamina B12).

Alimentos ricos em potássio (Foto 4): banana, abacate, feijão, espinafre, tomate e batata.

  • Hidrate-se bem: beba bastante água e lubrifique seus olhos, olhos ressecados podem levar ao piscar excessivo das pálpebras.
  • Verifique os efeitos colaterais das medicações que você usa; algumas medicações, como tratamento para asma, depressão, arritmia ou dislipidemia. Exemplos destas medicações: corticoide, antidepressivo tricíclico, fluoxetina, haloperidol, ácido valpróico, lítio, ritalina, carbamazepina, anfetaminas, adrenalina, atorvastatina, amiodarona, agonistas beta-adrenérgicos, teofilina, hormônios tireoidianos, entre outros.   

Fonte: Academia Americana de Oftalmologia

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