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Como saber se meu filho enxerga bem?

Escrito por Júlia Rossetto
Tempo de Leitura: 6 minutos

Índice

A visão é um dos primeiros sentidos que o bebê utiliza para interagir com a mãe e com o mundo ao seu redor. É pelo contato olho no olho que o bebê busca expressar o que está sentindo nos primeiros meses.

Desenvolvimento visual

O bebê começa a perceber a luz dentro do útero, entre o sexto e o sétimo meses de gestação. No início da vida é como se os bebês vissem o mundo através de um vidro embaçado. À medida em que crescem, a visão se desenvolve a depender de experiências visuais e do amadurecimento neurológico.

Quando nasce, ele consegue enxergar o que o cerca bem de perto, entre 15 e 40 centímetros.

Por volta do final do primeiro ou segundo mês de vida, a criança olha diretamente para objetos e os segue com os olhos.

Até o quarto mês de vida, os bebês podem ter dificuldade para coordenar o alinhamento dos olhos, pois os músculos responsáveis pela movimentação do globo ocular estão em desenvolvimento, mas isso vai se ajustando naturalmente.

Os principais avanços no desenvolvimento da visão ocorrem nos seis primeiros meses de vida. Nessa fase, o bebê começa a ter noção de profundidade e maior noção de espaço.

O desenvolvimento neurológico completo da visão só se dá entre seis e oito anos de idade. Por isso, quanto antes o diagnóstico dos problemas de visão for feito, maiores as chances de garantir à criança uma visão normal na vida adulta.

O que você pode fazer? Quando seu(ua) filho(a) deve ser examinado(a)?

O primeiro exame deve ser feito ainda na maternidade, pelos pediatras do berçário através do Teste do Reflexo Vermelho (Teste do Olhinho).

De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP), o primeiro exame oftalmológico de uma criança saudável pode ser feito durante o primeiro ano de vida (idealmente entre 6 a 12 meses), ou antes se for percebida alguma alteração, e deve ser feito em toda criança saudável entre 3 a 5 anos de idade (idealmente aos 3 anos). O exame deve ser completo com avaliação da função visual, movimentação e alinhamento ocular, fundo de olho e refração após dilatação da pupila.

Quando se preocupar?

A maioria das deficiências visuais pode ser corrigida se for detectada cedo; quanto mais velho fica seu bebê, mais difícil é solucionar eventuais problemas.

Bebês prematuros correm mais risco de ter determinados problemas visuais, por isso os pais e médicos devem dedicar atenção especial à visão deles.

Outras situações merecem um acompanhamento oftalmológico como:

  • Presença de infecções maternas durante a gestação (como toxoplasmose ou sífilis);
  • Histórico na família de catarata congênita, glaucoma congênito ou retinoblastoma.
  • História de alta miopia nos pais;
  • Crianças com quadros associados a manifestações oculares (por exemplo, distúrbios metabólicos, artrite idiopática juvenil ou síndrome de Down);

Procure um oftalmologista se:

  • Perceber uma mancha branca, ou ausência daquele reflexo vermelho no centro dos olhos, no centro dos olhos, principalmente nas fotografias com flash;
  • Seu filho não conseguir fixar o olhar, fazer contato visual ou acompanhar um objeto (ou seu rosto) com os dois olhos por volta dos 2 a 3 meses de idade;
  • Seu bebê apresentar desvio dos olhos (estrabismo) após os 4 meses ou constante mesmo antes disso;
  • Seu bebê não pegar objetos aos 6 meses ou reconhecer rostos e expressões aos 11 meses;
  • Seu bebê tiver dificuldade para movimentar um ou os dois olhos para todas as direções;
  • Seu bebê passa a maior parte do tempo com um ou ambos olhos desviados;
  • Seu bebê apresentar anormalidades aparentes como a pálpebra fechada ou caída (ptose palpebral) ou tremor dos olhos (nistagmo).

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